30 maio 2006





Deu branco.
Esqueci a senha
de acesso ao meu ser.
Perdi as chaves das
portas da percepção...

Percebes?
O esforço que faço
para dar um sen
tido a esse poema?
Para tomar de as
salto a inspiração
sob o tema?

Percebes?
A angústia do meu vazio?

Vês a falta
que tu me fazes?
Oh! palavra maldita!

E ainda assim:
difamada, escorraçada...
(ela ou eu?)
hei de ser tua
fiel escudeira
devotando minh’
alma a sua existência.

Perdoe-me a insistência
Oh! Palavra amada,
mas sou dependente
de ti.

Tu és meu passaporte,
meu consorte,
meu alívio e minha perdição

Clauky Saba
(entre o bloco e a caneta...)

4 comentários:

Anônimo disse...

E sempre estamos-caminhamos no mundo com esta parte faltando, algo como outras mãos e pés, que nos traga mais equílibrio e alguma sensação de plenitude. Entramos-saímos convulsavamente de corpos e corpos, buscando aquele que nos preencha, que nos torne seres um pouco menos esvaziados, um pouco menos errantes.

Beijos,
abraço forte,

Jana

:)

Ricardo Mainieri disse...

Clauky :

Antes de mais nada, obrigado pela visita a meu Van Gogh.
Gostei deste teu poema, onde assumes a confusão que é ser poeta, neste mundo sem poesia...
Bem utilizadas as metáforas infomáticas e as palavras que se dividem nos versos.Recursos da modernidade.

Beijão.

Ricardo Mainieri

Anônimo disse...

Olaaaaa

Mais uma vez, criatividade geral, achei bacana demais as palavras quebradas entre linhas, fica li chamando atenção...
Palavras, ar dos poetas, sangue na veia.
Agora:

"Percebes?
A angústia do meu vazio? "

Perfeito... Imagem... perfeita, tudo aqui... perfeito.

Otimo fim de semana
:*

Anônimo disse...

que bom que és assim, dependente e insistentemente fiel a ela-palavra-sentido, pois é neste busca que nós todos nos encontramos. obrigada pela sua poesia. bj grande.