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sequência de poemas coletivos criados em noite de lua nova, chegada do inverno, humaitá, cidade maravilhosa - 21 de junho de 2009
quem somos?
Enjoy it!
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
(Fernando Pessoa)
o boato abateu a beata
a beata foi à boate,
caiu no barato do abate,
dançou com Linda Blair
cuspindo suco de abacate.
daí rolou um boato
que virou fato:
fatidicamente,
subsequente,
o boato matou a beata
numa praça suja da Lapa.
Humaitá pra Poeta
crie
tudo aquilo
que eu não cria.
burile
tudo o que
eu não bacilo.
não vacile
enquanto canto
o preencher do vazio.
ouça essa Orson Wells:
well...
palavras gravadas
alimentam meu viver.
humaitando
eu só como carne viva
quando ela suspira.
e ela nunca vem sozinha -
carne quente ao sol poente,
tempero da mente.
à quebra do sisal,
em ritmo sazonal
ou em dia de sarau.
mas nunca vai embora
antes da maldita,
bendita predicada
hora agora afora
onde o mundo,
como a rosa,
desaflora.
ultimato
chega, chega, chega!
tenho certeza:
se continuar assim
vai de mal a mal.
querem o mundo maquinado,
maquiado de mundo são,
mutilado.
multi-lados
todos os lados,
lado A, lado B
dois perfis de você,
perfilados em dados.
talvez sejamos mesmo
dados a rolar,
jogando charme
de pobre coitado.
porque nunca fomos anjos,
embora nascidos alados.
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